sábado, 21 de setembro de 2013

Entrevista com a banda Retrosense - presença confirmada no V Sarau Outras Palavras



BANDA RETROSENSE - MARINGÁ PR

 
Vocais/violão: Rash (Raquel)

Guitarra solo: Otávio Kosak (à esquerda)

Bateria: Zeh (José Roberto, à direita)

 

ENTREVISTA

 
Marciano: Olá galera! Tudo blz?
 
Todos: Blz!
 
Marciano: Vou começar nosso bate-papo com a pergunta de sempre: Como surgiu a banda?
 
Rash: Eu conheci o Otávio no trote da faculdade. A gente foi se conversando até ele me contar que tinha uma banda que precisava de vocalista, e eu tinha algumas músicas gravadas e postadas no soundcloud. Ele ouviu e gostou e a gente passou a tocar juntos. E foi assim que a Retrosense surgiu em meados de abril de 2012.
 
José: Eu o Otávio e nosso ex-baixista tocávamos sem ninguém cantar. Certa noite do início do ano passado, fazia pouco tempo que as aulas tinham começado, o Otávio chegou todo eufórico e me mandou o link do soundcloud da Raquel, cara quando ouviu as músicas foi de brilhar os olhos, e acho que ficamos alucinados, marcamos de nos encontrar pra tocar no salão (antigo lugar marcado na nossa memória), e lá tudo começou.
 
Marciano: E qual a proposta musical do grupo? Vocês só cantam em inglês?
 
Rash: A proposta musical é despertar sensações diferentes nas pessoas, com músicas autorais, algo "teoricamente" novo aqui em Maringá. Nós mesclamos estilos diferentes (rock alternativo, folk, etc.) com letras em inglês por ser uma língua mais melódica e porque eu sempre escrevi e compus em inglês. Além disso, por ser a língua do momento - todo mundo já está meio que familizado com a presença do inglês na nossa sociedade. Mas não tocamos somente em inglês, embora seja o foco da banda no momento, fazemos alguns covers em português.
 
Marciano: Vocês têm um trabalho autoral? Como são as escolhas e influências musicais do grupo?
 
Rash: Nosso trabalho é basicamente todo autoral; os shows que fizemos em alguns bares daqui de Maringá (Choperia Brooklyn, Casa da Vó Bar, por exemplo), foram voltados para justamente apresentarmos nosso som pela região. E não só fazer cover como muita banda daqui faz. Temos um EP  (Raindrops EP) e outros singles gravados. As músicas estão no nosso canal no youtube e disponíveis para download no soundcloud. Também temos o face da banda. 
 
Otávio: Quanto às escolhas estético-musicais, nossas maiores influências são artistas dos anos 70 e 80, apesar de gostarmos de artistas atuais também. Em nosso trabalho autoral procuramos fazer algo novo, original.
 
Zeh: Essa questão das nossas influências é algo que acho muito interessante em nós, vejo como uma mistura de estilos, mesmo tendo o rock em comum, nós três tempos nossos gostos, estilos preferidos, na maioria das vezes distintos. E gosto disso, acho que a mistura de estilos e sentimentos diferentes ajuda na criação de algo novo que possa agradar vários meios, não se tornando uma mesmice.
 
Marciano: E por que do nome Retrosense?
 
Otávio: Eu queria um nome em latim e sugeri alguns nomes à Raquel. E ela teve a ideia de juntar latim com inglês. "Retro", do latim atrás, ou algo que já passou e "sense" do inglês "sentido". Algo como um sentimento “retrô”. À princípio queríamos dar ideia de que estamos "em busca de um sentido", e entre todos os nomes que cunhamos Retrosense foi o que soou melhor.
 
Marciano: E vocês consideram que devemos buscar, recuperar valores passados, "antigos", então?
 
José: Viver no passado seria um erro, mas sim buscar do passado a nossa essência, para que possamos pegar o melhor para colocarmos em prática no nosso presente, com nossos amigos, família e com quem convivemos, tentando sempre fugir da superficialidade existente nos tempos atuais.
 
Marciano: As letras falam de amor, são românticas, o nome da banda é Retrosense... Vocês consideram que vivemos tempos em que o amor tornou-se coisa do passado? Explicando melhor: muitos poetas e artistas modernos passaram a considerar o lirismo/ a poesia lírica como algo do passado e passaram a fazer uma poesia mais impessoal, objetiva, renegando o lirismo, introduzindo o feio, o grotesco, o mal como temas em função/decorrência de um mundo mecanizado, mercantilizado, opressivo, violento, que rejeita a sensibilidade, a emotividade, a utopia etc. neste sentido, o amor virou "coisa do passado". É contra esta ideia que vocês se colocam?
 
Otávio: Sim, é por aí! Perece que vivemos um tempo em que o amor não é valorizado. Nós da banda cremos que o amor é o que torna tudo infinito, porém vivem-se tempos em que tudo, inclusive todas as formas de relações entre pessoas, é descartável! Penso que, nesse sentido, nossa música mostra um pouco do lirismo, o que faz mais sentido do que falar apenas de coisas superficiais.
 
Marciano: Por fim, alguma mensagem em especial?
 
Otávio: Em síntese, a Retrosense é a expressão do que vivemos e sentimos, e esperamos que cada música faça sentido para quem ouve.
 
Rash: E temos uma novidade! Estamos na produção do videoclipe de um single que vamos lançar em breve. Mais uma música autoral inédita no repertório da Retrosense. Fiquem ligados.
 
Para encerrar, então, deixemos o leitor deliciar-se com o belo vídeo da canção “Let’s sail”: letra, ideia e filmagem de Rash, que assim como Otávio, é estudante de Letras na UEM.
 






Para saber mais da banda - que se apresentará dia 19 de outubro no V Sarau Outras Palavras -  e ouvir outras das suas canções, acesse:

 


 


 

Músicas disponíveis para download: https://soundcloud.com/retrosense

Nenhum comentário:

Postar um comentário