BANDA
RETROSENSE - MARINGÁ PR
Vocais/violão:
Rash (Raquel)
Guitarra
solo: Otávio Kosak (à esquerda)
Bateria:
Zeh (José Roberto, à direita)
ENTREVISTA
Marciano:
Olá galera! Tudo blz?
Todos:
Blz!
Marciano:
Vou começar nosso bate-papo com a pergunta de sempre: Como surgiu a banda?
Rash:
Eu conheci o Otávio no trote da faculdade. A gente foi se conversando até ele
me contar que tinha uma banda que precisava de vocalista, e eu tinha algumas músicas
gravadas e postadas no soundcloud. Ele ouviu e gostou e a gente passou a tocar
juntos. E foi assim que a Retrosense surgiu em meados de abril de 2012.
José:
Eu o Otávio e nosso ex-baixista tocávamos sem ninguém cantar. Certa noite do
início do ano passado, fazia pouco tempo que as aulas tinham começado, o Otávio
chegou todo eufórico e me mandou o link do soundcloud da Raquel, cara quando
ouviu as músicas foi de brilhar os olhos, e acho que ficamos alucinados,
marcamos de nos encontrar pra tocar no salão (antigo lugar marcado na nossa
memória), e lá tudo começou.
Marciano:
E qual a proposta musical do grupo? Vocês só cantam em inglês?
Rash:
A proposta musical é despertar sensações diferentes nas pessoas, com músicas
autorais, algo "teoricamente" novo aqui em Maringá. Nós mesclamos
estilos diferentes (rock alternativo, folk, etc.) com letras em inglês por ser
uma língua mais melódica e porque eu sempre escrevi e compus em inglês. Além
disso, por ser a língua do momento - todo mundo já está meio que familizado com
a presença do inglês na nossa sociedade. Mas não tocamos somente em inglês,
embora seja o foco da banda no momento, fazemos alguns covers em português.
Marciano:
Vocês têm um trabalho autoral? Como são as escolhas e influências musicais do
grupo?
Rash:
Nosso trabalho é basicamente todo autoral; os shows que fizemos em alguns bares
daqui de Maringá (Choperia Brooklyn, Casa da Vó Bar, por exemplo), foram voltados
para justamente apresentarmos nosso som pela região. E não só fazer cover como
muita banda daqui faz. Temos um EP
(Raindrops EP) e outros singles gravados. As músicas estão no nosso
canal no youtube e disponíveis para download no soundcloud. Também temos o face
da banda.
Otávio:
Quanto às escolhas estético-musicais, nossas maiores influências são artistas
dos anos 70 e 80, apesar de gostarmos de artistas atuais também. Em nosso
trabalho autoral procuramos fazer algo novo, original.
Zeh:
Essa questão das nossas influências é algo que acho muito interessante em nós,
vejo como uma mistura de estilos, mesmo tendo o rock em comum, nós três tempos
nossos gostos, estilos preferidos, na maioria das vezes distintos. E gosto
disso, acho que a mistura de estilos e sentimentos diferentes ajuda na criação
de algo novo que possa agradar vários meios, não se tornando uma mesmice.
Marciano:
E por que do nome Retrosense?
Otávio:
Eu queria um nome em latim e sugeri alguns nomes à Raquel. E ela teve a ideia
de juntar latim com inglês. "Retro", do latim atrás, ou algo que já
passou e "sense" do inglês "sentido". Algo como um
sentimento “retrô”. À princípio queríamos dar ideia de que estamos "em
busca de um sentido", e entre todos os nomes que cunhamos Retrosense foi o
que soou melhor.
Marciano:
E vocês consideram que devemos buscar, recuperar valores passados,
"antigos", então?
José:
Viver no passado seria um erro, mas sim buscar do passado a nossa essência,
para que possamos pegar o melhor para colocarmos em prática no nosso presente,
com nossos amigos, família e com quem convivemos, tentando sempre fugir da
superficialidade existente nos tempos atuais.
Marciano:
As letras falam de amor, são românticas, o nome da banda é Retrosense... Vocês
consideram que vivemos tempos em que o amor tornou-se coisa do passado?
Explicando melhor: muitos poetas e artistas modernos passaram a considerar o
lirismo/ a poesia lírica como algo do passado e passaram a fazer uma poesia
mais impessoal, objetiva, renegando o lirismo, introduzindo o feio, o grotesco,
o mal como temas em função/decorrência de um mundo mecanizado, mercantilizado,
opressivo, violento, que rejeita a sensibilidade, a emotividade, a utopia etc.
neste sentido, o amor virou "coisa do passado". É contra esta ideia que
vocês se colocam?
Otávio:
Sim, é por aí! Perece que vivemos um tempo em que o amor não é valorizado. Nós
da banda cremos que o amor é o que torna tudo infinito, porém vivem-se tempos
em que tudo, inclusive todas as formas de relações entre pessoas, é descartável!
Penso que, nesse sentido, nossa música mostra um pouco do lirismo, o que faz
mais sentido do que falar apenas de coisas superficiais.
Marciano:
Por fim, alguma mensagem em especial?
Otávio:
Em síntese, a Retrosense é a expressão do que vivemos e sentimos, e esperamos
que cada música faça sentido para quem ouve.
Rash:
E temos uma novidade! Estamos na produção do videoclipe de um single que vamos
lançar em breve. Mais uma música autoral inédita no repertório da Retrosense.
Fiquem ligados.
Para
encerrar, então, deixemos o leitor deliciar-se com o belo vídeo da canção
“Let’s sail”: letra, ideia e filmagem de Rash, que assim como Otávio, é
estudante de Letras na UEM.
Para saber mais da banda - que se apresentará dia 19 de outubro no V Sarau Outras Palavras - e ouvir outras das suas canções, acesse: