OS ARTIGOS DOS COMUNICADORES DEVEM SER ENVIADOS POR E-MAIL AOS COORDENADORES DO SIMPÓSIO ANTES DO EVENTO OU DEVEM SER ENTREGUES GRAVADOS EM CD E IMPRESSOS EM PAPEL A4 NO MOMENTO DA APRESENTAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
1. Natureza, identidade e visão de mundo no texto literário
Vagas: até 12 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenador: Dr. Marciano Lopes e Silva (UEM)
Contato: etlopes@hotmail.com
A proposta do simpósio é descrever e analisar
as representações da natureza e do meio ambiente nos textos
literários com o objetivo de discutir sua importância para os processos de
subjetivação e construção de identidades, sejam estas de gênero, raça, etnia,
tribos, nações e/ou regiões. Considera-se que as representações da natureza e
do meio ambiente carregam em si valores cognitivos, éticos e morais
das diferentes visões de mundo que as concebem. Ao longo da história, elas têm
expressado (e servido a) interesses diversos, tais como científicos,
religiosos, comerciais e políticos, assim como expressivos. Suas representações
já serviram, por exemplo, à divulgação das riquezas do Novo Mundo, à
consolidação de nossa identidade nacional e de diversas
identidades regionais, à afirmação das teses do darwinismo social (tão
importantes para justificar o colonialismo e o racismo) ou mesmo para
a aceitação religiosa da infinita magnitude e do insondável
mistério de Deus . Recentemente, acompanhando o surgimento de uma
consciência ecológica, a natureza tem sido valorizada per si, o que não
exclui sua relação com a subjetividade que a representa. Sob este aspecto,
muito interessa seu estudo visando sua importância para o estabelecimento de
territórios existenciais segundo a perspectiva da
ecosofia proposta por Felix Guattari.
2. Entre o cânone e o index: literatura e cultura de massa
Vagas: até 12 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenador: Dr. Márcio Roberto do Prado (UEM)
Contato: metatron58@yahoo.com.br
No âmbito dos estudos literários, as discussões sobre o cânone
ocupam uma posição relevante e sempre trouxeram a necessidade de reflexões
sobre seus limites, seus pressupostos e seus preconceitos. Longe de se
constituir como uma instância além de qualquer contestação na atualidade, o
cânone ainda é capaz de fomentar profícuas discussões que se desenvolvem em
torno da fundamental questão do valor e da maneira como esse valor, enquanto
conceito e dinâmica, põe em movimento um instigante jogo de legitimação de
obras e autores, relegando, sobretudo no âmbito acadêmico, alguns deles a um
impiedoso Index que perdura em pleno século XXI. Assim, o presente simpósio
pretende discutir questões dessa natureza relacionadas a obras que fujam do
contexto canônico tradicional, com destaque para best-sellers e outras
produções da cultura de massa que dialoguem com diversas dinâmicas
comunicacionais além da literária, como quadrinhos, games e produções
televisivas e cinematográficas.
3. Os espaços naturais no texto literário
Vagas: até 6 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenadora: Dra. Evely Vânia Libanori (UEM)
Contato: lieveorama@gmail.com
A proposta do simpósio é pensar a relação entre o texto
literário e o espaço natural. Trata-se, portanto, de estudar a presença da
fauna e da flora em narrativas e em poemas, com vistas a destacar a relação do
ser humano com a Natureza. O cenário das três dimensões que abriga seres e
objetos, mas que é estático e inalterado, não é o que interessa. Interessa
pensar o espaço como um componente expressivo que ganha relevância e sentido à
medida que integra os propósitos humanos. Pretende-se destacar a ligação orgânica
entre os espaços e as personagens, e mostrar a função estética desses espaços.
4. Literatura de autoria feminina & ecofeminismo: reinvidicando
a autoridade
Vagas: até 12 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenadores: Dr. Lúcia Osana Zolin (UEM) - Me. Andiara
Maximiano de Moura (UEM)
Contato: andiara_max19@hotmail.com
Historicamente, as relações sociais foram sendo construídas
sobre os alicerces do patriarcalismo, de modo a fazer com que a mulher incorporasse
e acreditasse na naturalização da dominação masculina. O feminismo, desde as
suas origens, nos remotos oitocentos, vem reivindicando a igualdade de direitos
entre os sexos. De modo especial, o chamado ecofeminismo também vem
abraçando a causa, baseado no reconhecimento de que a exploração da natureza e
a opressão das mulheres, assim como as representações de ambas, estão
interligadas e são socialmente construídas. A natureza passa a ser entendida
como um lugar de resistência e de luta para as mulheres, seja em contextos
específicos, seja em contextos mais amplos de resistência contra a opressão e
exploração generalizada do planeta. O presente simpósio pretende pôr em
discussão a construção de identidades e/ou de alteridades femininas em narrativas
de escritas por mulheres, enfocando questões como: representação de identidades
femininas; de alteridades; de relações de poder; de práticas de preservação de
vidas, de re-tecitura da sociedade; de implicações da nova ordem social e
econômica; entre outras. Essas discussões podem estabelecer relações inter-,
trans- ou multidisciplinares/culturais.
5. Nacionalismos e mobilidades identitárias na América Latina
Vagas: até 12 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenador: Weslei Roberto Cândido (UEM)
Contato: wrcandido@uem.br
As literaturas latino-americanas sempre estão às voltas com
questões de identidade nacional. A produção romanesca desses países vive a
eterna contradição de produzir uma obra que tenha caráter universal, mas que
não perca o traço local de crítica à política, à sociedade e até mesmo ao
sistema literário a que pertence. No entanto, reconhecer-se como
latino-americano é uma tarefa que exige o deslocamento, o afastamento do local
de nascimento para se enxergar como um membro dessa comunidade. Como afirma
Canclini (2002), as pessoas não querem ser latino-americanas, a necessidade de
se sentirem como tal vem justamente do deslocamento geográfico a que são
submetidas por necessidades financeiras, de estudos ou causadas pelo exílio.
Portanto, o reconhecimento da latinidade, em geral, vem do Outro que acusa o
local de origem do sujeito em deslocamento. Desta maneira, o presente simpósio
receberá contribuições de textos que visem discutir os nacionalismos, as
construções identitárias, o espaço natural como forma de identidade e outros
estudos de literatura que versem sobre a produção literária nas Américas de uma
forma geral.
6. Representações sociais do
meio ambiente e educação ambiental
Vagas: até 12 comunicações
Situação: em aberto
Coordenador: Dr. Marciano Lopes e Silva (UEM)
Contato: etlopes@hotmail.com
.
O objetivo deste simpósio é discutir as representações sociais
da natureza e do meio ambiente (o que inclui o espaço urbano e a natureza
modificada pelo homem, tais como o meio rural, praças, parques, reservas,
jardins, etc.) considerando sua importância para a construção
de identidades (de gênero, região/nação, étnicas, raciais etc.) e para o
planejamento de uma educação ambiental mais efetiva. Para tanto interessa a análise
de representações sociais em grupos e comunidades, como também em textos
literários e midiáticos, além de relatos de experiências educacionais
acompanhados de seus resultados e reflexões críticas.
7. Clarice Lispector sob o signo da contemporaneidade
Vagas:
até 12 comunicações
Situação: CANCELADO
Coordenadores: Me. Diego Müller Fascina (PG-UEM) e Me. Thays Pretti (PG-UEM)
Contato: thayspretti@gmail.com
.
A proposta deste simpósio é revisitar a obra de Clarice
Lispector utilizando como aporte instrumental as teorias da modernidade e
pós-modernidade, aqui cunhadas de teorias contemporâneas. Aceitamos trabalhos
que contemplem a produção romanesca e/ou contística da autora, se necessário,
de forma comparada. São bem-vindas as recentes teorias de Slavoj Zizek e Alain
Badiou, cujo materialismo lacaniano resgata um humanismo que protege as classes
sociais e a humanidade da lógica implacável do capitalismo. As contribuições de
Stuart Hall, Zygmunt Bauman e outros estudiosos que se debruçam sobre o estilhaçamento
identitário também merecem espaço. A crítica feminista, que desestrutura a
ideologia patriarcal, questionando a posição feminina na sociedade e discutindo
as relações de gênero e o Existencialismo de Jean-Paul Sartre e de Martin
Heidegger que encontram na prosa lispectoriana um modelo de educação
existencial também serão aceitas aqui. Há, ainda, espaço para as discussões que
girem em torno da maneira pela qual a literatura de Lispector ajuda a
transgredir os limites do humano, na medida em que traz para seu espaço formas
concorrentes em relação à tradição, por meio da presença constante do não
humano (animais, reino vegetal, pinturas, fotografias, sons, ruídos e silêncios
e etc.).
8.
O materialismo lacaniano e suas implicações na literatura e em outras
artes
Vagas:
até 6 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenadores: Me. Diego Müller Fascina (PG-UEM) e Me. Thays Pretti (PG-UEM)
Contato: thayspretti@gmail.com
O objetivo deste simpósio é aplicar a teoria do filósofo
esloveno Slavoj Zizek e a do francês de origem marroquina Alain Badiou ao campo
literário e em outras manifestações artísticas. Num paradigma que mescla
psicanálise com idealismo alemão e com aplicações inicialmente na filosofia
política, a teoria de tais filósofos, cunhada de materialismo lacaniano, propõe
reflexões a respeito de nossa condição contemporânea e resgata um humanismo que
salva os grupos sociais e a humanidade da lógica do capitalismo. Além das
relações entre o materialismo lacaniano e a literatura e outras artes, serão
bem vindas comunicações que enfrentem o desafio de recuperar as discussões de
Zizec e Badiou sobre biogenética, ecologia e, de maneira geral, a relação da
humanidade com a natureza.
9 O teatro dialético no Brasil e a obra de Augusto Boal
Vagas: até 12 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenadores: Dr. Alexandre Villibor Flory (UEM) e Thaís
Tolentino (PG-UEM)
Contato: alexandre_flory@yahoo.com.br
.
Se
as artes em geral são negligenciadas como caminho para um pensamento crítico
sobre a relação entre literatura e sociedade, o caso do teatro é ainda mais
agudo. Isso se deve ao seu esquecimento (que equivale a um apagamento) no
âmbito dos estudos literários, a despeito de sua importância histórica e formal
a partir do século XIX. No entanto, aos poucos esse espaço vem sendo
rediscutido e o teatro já desponta como um lugar privilegiado para o estudo das
artes no Brasil a partir dos anos 1950 e se configura como um dos campos mais
importantes e produtivos da arte no Brasil. Neste contexto, Augusto Boal é um
dos nomes mais importantes do teatro mundial. Como diretor de Teatro de Arena,
como dramaturgo de várias peças decisivas do teatro nacional, como ativo
participante da luta, no campo estético, contra todo tipo de autoritarismo. Sua
militância teórica, crítica e prática, no campo estético, que nunca foi alheia
à sociedade e à política, é um dos pontos altos do pensamento artístico crítico
brasileiro da segunda metade do século XX. A fundação e o desenvolvimento do Teatro do Oprimido,
que reúne e dialetiza suas diversas fases artísticas, chegando ao Teatro Fórum
e ao Teatro Invisível, para citar apenas dois, tem alcance e repercussão
mundiais. Peças tão diversas como A revolução
na América do Sul, a série Arena
conta... e Murro em ponta de faca,
para citar algumas, mostram a variedade formal e temática com que trabalhou.
Neste simpósio, portanto, pretendemos discutir sobre a história e a atualidade
do teatro dialético no Brasil e, mais especialmente, sobre a instigante obra de
Augusto Boal.
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10. Discursos midiáticos em circulação: o funcionamento do (não)
dito
Vagas: até 6 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenadores: Dra. Renata Marcelle Lara (DFE/PLE-UEM) – Me.
Vinícius Durval Dorne (Unicesumar)
No contexto atual, a esfera midiática tem colocado em funcionamento
discursos provindos de diferentes campos do conhecimento, (re)significando e,
muitas vezes – a partir de uma linguagem tida como transparente, de um único
sentido –, conferindo-lhes efeitos de “verdade”. Desta forma, os discursos
midiáticos (não) legitimam sujeitos, práticas, identidades possíveis de
ser/existir no mundo. Presente no cotidiano da sociedade, a mídia apaga,
ressalta, silencia, repete dizeres que constituem o sujeito de/à linguagem.
Desta forma, o presente simpósio se volta a problematizar questões da linguagem
em sua íntima relação com a mídia, tomando como aporte teórico a Análise
Discurso de linha francesa, a partir das contribuições de Michel Pêcheux e
Michel Foucault. Busca-se observar quais e como os discursos dos meios de
comunicação são produzidos e colocados em circulação em sociedade, quais
sentidos se põem/são postos em jogo nesse processo discursivo que
constantemente constitui os sujeitos, que reproduzem, transformam, assimilam,
resistem a esses dizeres.
11. Literatura infantil e juvenil no cenário contemporâneo
Vagas: até 6 comunicações
Situação: CANCELADO
Coordenadoras: Me. Márcia Hávila Mocci (PG-UEM) - Me Carla
Kühlewein (PG-UNESP)
Contato: carlak.literatura@gmail.com
O objetivo do simpósio é oferecer aos seus pesquisadores um
espaço de discussão sobre a literatura infanto-juvenil brasileira enfocando
aspectos relacionados à sua gênese, evolução, produção e recepção. Pretende-se
discutir elementos teóricos e práticas de ensino que contribuam para situar a
literatura infantil e juvenil no cenário contemporâneo.. Para tanto, faz-se
necessário promover a reflexão sobre o papel da leitura dp texto
literário para a formação de leitores sensíveis e críticos. O simpósio receberá
comunicações que tratem de autores e respectivos processos de criação bem como
de aspectos relevantes e característicos de obras infantis e juvenis; que
abordem as instâncias e processos mediadores de leitura, tais como
políticas públicas para promovê-la, o perfil dos leitores, suas
preferências e modalidades de leitura.
12. Literatura e primitividade: as
ancestralidades do eu
Vagas:
até 12 comunicações
Situação:
FECHADO
Coordenador:
Dra. Marcele Aires (UEM)
Contato:
maraires2@gmail.com
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A proposta aqui é:
LIBERDADE de análise aos mais diversos tipos de personagens e narradores
presentificados nas obras de cunho moderno. Assim, a quem se interessar pelo tema de este simpósio, é importante tomar o sentido de "primitivo" na
literatura como a manifestação do relato denso, grotesco e, de certa forma,
"estropiado" dos tipos que circundam a literatura moderna, de tal
modo que o proponente do simpósio tome consciência da existência de um “eu”
profano, primitivo, de “grandes extensões milenares”, como escreve Clarice
Lispector em Água viva (1973, p. 89).
Um “eu” atemporal, posto que pensar o “primitivo” literariamente exige o
movimento diacrônico de se desvincular a obra do compasso cronológico e do
espírito formal da atribuição de gênero, estilo, e, sobretudo, do que se
apresenta como “expectativa de personagem”. Ao contrário da categoria geral
utilizada pela ideologia evolutiva e imperialista característica do século XIX, na qual “primitivo” descreve as culturas “inferiores” à cultura europeia
ocidental dominante, Franz Boas (1947, p. 141) explica que o conceito se
estabelece por intuição, tornando-se preciso por comparação, distinção,
exemplificação, vivência; nascendo diretamente do conhecimento das coisas por
meio dos sentidos. É pelos sentidos que esta proposta visa entrar no
"primitivo do eu", de tal forma que inúmeras são as visões dos
personagens.
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13. A Narrativa literária francesa: uma leitura
sócio-histórico-ideológica
Vagas: até 12 comunicações
Situação: FECHADO
Coordenadoras: Dra. Margarida
da Silveira Corsi (UEM); Dra. Carmen Rodrigues de Lima Delagnese (UEM)
Contato: margaridacorsi33@hotmail.com
Nosso trabalho, vinculado aos Grupos
de pesquisa Interação e Escrita (UEM/CNPq) visa discutir resultados de
pesquisas que abordem a leitura do gênero épico, especialmente, romance, conto
e novela, no contexto do ensino-aprendizagem de língua e literatura
estrangeiras, partindo da abordagem dos textos narrativos na sua conceituação
como gênero literário e sua expansão para o conceito bakhtiniano dos gêneros
discursivos, especialmente aos três pilares constitutivos – conteúdo temático,
estilo e estrutura composicional. Espera-se que tal trabalho
possa contribuir para a formação de um leitor crítico, consciente da riqueza
linguístico-cultural da narrativa literária, capacitando-o para interagir com e
a partir dela.
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